A filosofia da formiga


Era uma tarde de como qualquer outra, uma tarde de segunda feira, um dia aonde tenho que andar a até a biblioteca e me aventurar entre os maravilhosos livros com suas histórias de romance, guerra e terror de escritores que mostram seu coração por meio de palavras. depois ando calmamente até as aulas de melodia , confesso que estava um sol de lascar em meu lombo , como todos os dias ultimamente estão , “pobre planeta terra” pensei comigo mesmo , pegamos para nós está bola azul e nunca a respeitamos , a socamos por séculos com as nossas invenções não se importando de recompensa-la depois  de todo o estrago que fizemos , todas as catástrofes que fizemos ela sofrer e agora ela está lutando contra nós , estamos sentindo a transformação que fizemos pela nossa ignorância em nossos corpos , sois quentes que queimam a peles e chuvas tão frias que fazem cidades inteiras alagarem por completo.
Enquanto andava pelas ruas dessa cidade que se diz o centro da laranja com a sua história fantasiosa que nem vou perder a minha mentalidade para descrever , cheguei ao meu segundo templo de pensamento , o lugar aonde a música e a diversidade caminham juntas lado a lado , sentei-me à espera da minha hora de aproveitar a música , fiquei lá esperando , na minha frente havia uma janela grande , aquelas que eram da época aonde nem ventilador existia , uma época aonde um povo inteiro somente pela sua cor foi massacrado por séculos como escravos e prostitutas , o lugar inteiro se observarmos até hoje é de uma energia selvagem e antiga , com seus corredores pequenos e janelas enormes , portas brancas de madeira grossa que eram usadas para prender os escravos a noite e as salas que eram usadas para colocar o máximo de pessoas lá dentro, um lugar sem sombra de dúvidas interessante.
Foi quando der repente apareceu perto de meus pés uma pequena formiga , aquelas grandes , pretas , uma espécie de formiga fabulosa aos olhos de biólogos e grandes observadores da natureza, o meu primeiro instinto foi pisar rapidamente na formiga ,” que inseto medíocre , como ousa estar aqui perto de mim um humano muito mais inteligente e maior do que esse ser vivo que anda por qualquer lugar pegando folhas e restos”, mas quando estava quase a esmagando com os meus pés parei no meio do caminho , porque estou fazendo isso ?, porque devo matar essa formiga por simples ódio só porque ela passou pelo meu caminho ? , tirei meu pé em cima dela rapidamente antes que a esmagasse e fiquei a observando , ela parou por um momento mexeu suas antenas e recomeçou a andar novamente provavelmente não percebendo que poderia ser o final de sua vida e continuou a andar , passou pelos meus pés sem medo algum e foi em direção ao corredor até eu a perder de vista .
Enquanto olhava aquela pequena formiga desaparecendo diante dos meus olhos foi ai que enxerguei, não somos tão diferentes delas, o que muda é que nos humanos somos a bota e a formiga ao mesmo tempo, temos a nossa vida, nossa rotina todos os dias, a procura de alimento e abrigo para sobreviver, temos nossa família e nossos princípios, mas quando surge uma outra formiga de uma sociedade diferente nos transformamos em botas que por motivo de pura ignorância tentamos esmaga-la sem piedade. Não vislumbramos que a outra formiga está à procura da mesma coisa que nós pois estamos tão acostumados a sempre ver as mesmas formigas que fazemos de tudo para ficar assim para sempre, então viramos botas de ódio , esmagando formigas que muitas vezes seria uma ótima adição para a colônia .pobre formigas que nós somos , se fossemos menos a bota e mais formiga , sempre andando para frente , olhando as outras formigas como uma oportunidade para conseguirem viver mais tempo , juntas , com respeito e parceria , com certeza  está colônia azul iria ser uma sociedade belíssima e lutaríamos juntos por qualquer bota que tentasse se atrever a nos esmagar.

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