Encontrando meu filhote









Me tornei apenas um filhote sozinho no meio de uma cerca gigante enquanto vários humanos passavam e não me viam. Enquanto todos os outros filhotes eram adotados, tendo um humano somente para eles eu era o único que não foi promovido para filhote. Fiquei por um bom tempo encolhido naquela cerca, ninguém vai querer um filhote sem uma orelha para passear por ai, dar comida ou brincar.

Entre uma pequena abertura enquanto estava encolhido de tristeza eu vi um humano vindo correndo de longe, ele não parecia ser um humano adulto mas tinha alguns pelos no rosto, era grande de todos os lado e também bem alto, seus pelos pretos das orelhas eram altos e bem pretos e usava algo perto dos olhos que mais tarde descobri que eram óculos, um objeto que eles usam quando não estão conseguindo enxergar muito bem, humano defeituoso esse. Ele usava panos também, como todo humano, em cima era um pano vermelho e por baixo panos cinzas, o que os humanos chamavam de jeans.

Ele parou perto dos três humanos que me resgataram da caixa de metal, logo a humana de pelos vermelhos veio e o abraçou, começaram a conversar apontando para aonde eu estava, foi nesse momento que o humano grande me olhou pela primeira vez. Conversaram por mais um tempo então os dois vieram andando para perto da cerca. O humano falou algo mas não quis ouvir, a humana de fogo então abriu a cerca deixando o humano grande entrar o que achei estranho, comecei a pensar se ele queria ser adotado também.

Ele foi chegando mais perto, se agachou e ficou olhando para mim. Foi quando pela primeira vez eu senti o carinho de outro humano que não eram os que me regataram na minha vida curta de filhote. Comecei a sentir um carinho pela minha cabeça, olhei então para ele diretamente deixando a mostra que faltava em mim uma orelha. Ele olhou opor um segundo mas continuou fazendo o carinho.

Depois de algum tempo ele se levantou e começou a conversar com a humana, o humano filhote apareceu e também começaram a conversar, logo o humano grande chegou com uma pequena caixa perto de mim disse para ficar calmo, que iriamos somente dar um passeio, que ele queria me adotar e que cuidaria de mim todos os dias para sempre, logo me levantei devagar e fui entrando na caixa. Era uma caixa confortável, estava cheia de panos bem quentes e aconchegantes aonde pude facilmente me acomodar. A caixa ficou aberta o tempo todo quando me levantou olhando para mim e sorrindo. Passei pela humana de pelos vermelhos, depois pelo humano filhote e por último pelo humano cheio de pelos por todo o rosto. Os três me deram um adeus enquanto era levado para fora do cercado e finalmente com um humano.

Um humano, um humano somente para mim, quem diária que um filhote defeituoso iria conseguir este feito tão impressionante. Enquanto era carregado na caixa pelo humano grande vi pela primeira vez ver o que iria descobri futuramente que se chamava cidade, ela é bem diferente da aonde estava quando nasci aonde tinha muitas arvores e mato para todos os lados. Na cidade não tem nada disso, algumas arvores aqui ou ali mas o que tem em grande quantidade são os muros gigantes que os humanos chamam de prédios, há deles por todos os lado que você olha em uma cidade, de várias cores e tamanhos e cores, todos possuem janelas de vidro, algumas maiores e outras pequenas.

Enquanto observava os prédios pude perceber todos os carros se movimentando por todos os lados, um barulho de humanos e carros altos por todos os lados, pareciam filhotes latindo quando estão com fome. Foi nesse momento que percebi que os humanos tem algumas coisas iguais a nos cachorros, eles também gostam de viver em caixas. Meu humano entrou em um desses prédios e todo o barulho desaparece, o que foi um alivio sentir o silencio novamente. Entramos em uma caixa pequena e senti ela se mexendo, nesse momento senti como se estivesse sendo puxado para baixo mas não mexia nenhuma pata.

A caixa de metal se abre e entramos em um corredor que tem várias portas, todas iguais. São portas e portas marrons da mesma cor e do mesmo tamanho, o humano anda um pouco perto das portas e para em uma aleatória e abre. Foi nesse momento que vi pela primeira vez o que seria a minha casa e um local aonde aconteceria grandes momentos da minha vida de filhote. A caixa tinha algumas coisas interessantes como logo na entrada uma sala grande com quadros, uma mesa e do outro lado uma tela de vidro grande com vários quadrados que saem luz em baixo dela, o humano parecia gostar muito deles pois estavam muito bem arrumados.

Logo ele colocou a caixa no chão e esperou eu sair dela. Sai devagar pois nunca tinha entrado em um espaço assim na minha vida curta, logo coloque meu poder de cheiro para trabalhar, cheirei cada canto daquela caixa, descobri também que havia outros lugares como a cama do humano, aonde ele fazia suas necessidade depois que come, o lugar aonde ele guarda a sua comida e o lugar pequeno aonde ele lava seus panos que protegem o seu corpo.

Depois de algum tempo me acostumei e comecei a minha nova vida de filhote na minha caixa gigante. Logo descobri que meu humano poderia ser um parente de um cachorro e isso só aumentou a amor que eu tenho por ele. Seus costumes como deitar derrepente no chão ou gritar para a televisão derrepente me davam muitos sustos, eu logo ia direto para a televisão latir pensando que era algum ladrão ou uma ameaça em potencial para o meu humano.

Muito tempo se passou, logo eu não era mais um filhote, estava me tornando um cachorro, o buraco aonde não tinha a minha orelha agora estava bem amostra mas eu não me importava mais com isso, pois estava feliz, tinha uma vida com um humano gigante com um amor maior ainda, brincávamos, corríamos e eu protegia a casa quando ele saia para trabalhar, o que mais eu iria querer?

Até que um dia chegou a garota......

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